Pequenas coisas
Geralmente, irritamo-nos por pequenas coisas, não por grandes: quando, por exemplo, nos alteram os planos de repente, ficamos fora de nós (eu, pelo menos, que gosto de planear tudo ao milímetro, fico). As pequenas coisas acabam por ter no nosso humor um peso maior do que as grandes; e é sobre as pequenas coisas que hoje vos falo, tendo como ponto de partida um convite que a Almedina fez ao escritor e historiador Sérgio Luís de Carvalho, que já foi (ou ainda é, não sei) director do Museu do Pão em Seia. Pois bem, ele foi encarregado de realizar um conjunto de pequenos videogramas de cerca de três minutos sobre curiosidades, bizarrias, factos estranhos e outras coisas igualmente pícaras da História de Portugal, com o título genérico História das Pequenas Coisas. Os primeiros episódios já estão online e deixo-vos abaixo o link do primeiro, que se intitula «Porque é que a famosa gripe espanhola não é espanhola?». Porém, se quer saber coisas sobre a origem histórica do termo «filho da mãe» ou sobre quem teve o primeiro acidente de carro em Portugal, aqui tem com que se entreter. E pode consultar o site da Almedina e procurar em «Observatório Almedina» para ver os outros episódios que vão sendo publicados. Há que passar bem o tempo, e de preferência a aprender, claro.
https://www.youtube.com/watch?v=4TU5o_65jdA&t=52s
Hoje recomendo Os Interessantes, de Meg Wolitzer, um dos livros grandes e dos grandes livros de que mais gostei nos últimos anos. Sobre a diferença de classes na última metade do século XX, com um grupo de adolescentes crescendo numa América em mudança.