Plágios
Desculpem, hoje venho mais tarde porque estava convencida de que já programara um post para entrar esta manhã e só agora verifico que, afinal, não o tinha feito. Além de que estou a ter uma invasão de formigas minúsculas no meu PC, que caminham por entre as teclas como se viessem do seu interior, e isso custou-me já parte da manhã em limpezas e desinfecções. Mas adiante. Falarei hoje de uma coisa que descobri há dias com grande surpresa. No meu tempo, cabulices e copianços eram no liceu, e havia muitos alunos apanhados a copiar nos pontos (que era como então se chamavam os testes), embora menos nos exames, que aí a vigilância era apertada. Mas, quando íamos para a faculdade estudar aquilo de que gostávamos realmente, isso acabava, porque estávamos a ler e investigar sobre assuntos que nos apaixonavam, não fazíamos frete, tirávamos prazer do saber e sabíamos responder quando interpelados e desenvolver certas temáticas em trabalhos escritos. Pois hoje parece que não é assim e que os pobres professores universitários até têm um software específico nos seus computadorres para detectar casos de plágio... A verdade é que, além dos alunos ingénuos dos primeiros anos que copiam os grandes autores sem aspas nos seus trabalhos, pensando que os professores não dão por nada, agora também os mestrandos e doutorandos copiam da Internet trabalhos já feitos com a maior cara-de-pau e ainda ficam chateados quando são descobertos e levam zero. Fiquei pasmada. Com universitários assim... Adeus, futuro.
Hoje recomendo A Estrada, de Cormac MacCarthy (um caminho muito mais interessante do que o meu carreiro de formigas, acreditem, e também bastante apropriado à época).