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Horas Extraordinárias

As horas que passamos a ler.

25
Mai20

Plágios

Maria do Rosário Pedreira

Desculpem, hoje venho mais tarde porque estava convencida de que já programara um post para entrar esta manhã e só agora verifico que, afinal, não o tinha feito. Além de que estou a ter uma invasão de formigas minúsculas no meu PC, que caminham por entre as teclas como se viessem do seu interior, e isso custou-me já parte da manhã em limpezas e desinfecções. Mas adiante. Falarei hoje de uma coisa que descobri há dias com grande surpresa. No meu tempo, cabulices e copianços eram no liceu, e havia muitos alunos apanhados a copiar nos pontos (que era como então se chamavam os testes), embora menos nos exames, que aí a vigilância era apertada. Mas, quando íamos para a faculdade estudar aquilo de que gostávamos realmente, isso acabava, porque estávamos a ler e investigar sobre assuntos que nos apaixonavam, não fazíamos frete, tirávamos prazer do saber e sabíamos responder quando interpelados e desenvolver certas temáticas em trabalhos escritos. Pois hoje parece que não é assim e que os pobres professores universitários até têm um software específico nos seus computadorres para detectar casos de plágio... A verdade é que, além dos alunos ingénuos dos primeiros anos que copiam os grandes autores sem aspas nos seus trabalhos, pensando que os professores não dão por nada, agora também os mestrandos e doutorandos copiam da Internet trabalhos já feitos com a maior cara-de-pau e ainda ficam chateados quando são descobertos e levam zero. Fiquei pasmada. Com universitários assim... Adeus, futuro.

Hoje recomendo A Estrada, de Cormac MacCarthy (um caminho muito mais interessante do que o meu carreiro de formigas, acreditem, e também bastante apropriado à época).

3 comentários

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    António Luiz Pacheco 25.05.2020

    Caro Luis Eme.
    Aproveitando para falar de livros, atrevo-me a fazer propaganda ao citado C. McCarthy!
    Para quem goste dos escritores Norte-americanos que me atrevo a dizer típicos (se estiver a asnear corrijam-me por favor!), na sua crueza violenta e na sua escrita pragmática, sem floreados mas clara e que não deixa dúvidas, que se lê ao correr das linhas com facilidade, este autor é exemplar dessa corrente ou escola, que eu comparei aos westerns, pelo seu tema e conteúdo que julgo se possa dizer "rural".
    Há bandidos, heróis e anti-heróis pois pessoas comuns fazem coisas que aos bandidos ou heróis compete, e há tiros, lutas, sangue, fugas e esses condimentos todos, expressos com grande força e dinamismo. Não são livros tranquilos, longe disso, mas são livros que transmitem vida e que imaginamos seja assim naqueles meios que ele descreve quase cinéfilamente.
    Pessoalmente, gosto da forma como escreve e sobretudo descreve.
    Eu gosto muito da literatura e dos escritores americanos de um modo geral, sejam eles latinos, ou Norte-americanos. E, gosto bastante do género western, pelo que não podia deixar de gostar deste McCarthy.

    Grande abraço cá da Cidade Morena!
  • Sem imagem de perfil

    Luis Eme 25.05.2020

    Grato pela propaganda. :)
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