Poesia sem grades
«O recluso de hoje pode ser o nosso vizinho de amanhã», diz Filipe Lopes, o criador de A Poesia não tem grades, um projecto que vem sendo desenvolvido desde 2003, com o apoio da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e em parceria com a Direcção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais. Tem como objectivo primeiro criar hábitos de leitura entre os detidos que, na sua maioria, possuem um baixo nível de escolaridade e provêm de meios sociais com poucos hábitos culturais, mas que podem transformar o tempo do cumprimento da pena numa oportunidade de aprendizagem e ampliação de conhecimentos que, inclusivamente, serve a muitos para voltarem a estudar e a alguns para concluírem uma formação superior. No projecto A Poesia não tem grades, a literatura é usada como instrumento para abordar temas diversos, como o amor, a morte ou a solidão, permitindo um debate e uma reflexão gratificantes entre os reclusos. No entanto, dado o excelente resultado atingido até agora e para alargar a actividade a mais estabelecimentos prisionais, são agora precisos voluntários; e, portanto, se alguém estiver interessado em inscrever-se, aqui fica o link: