Posadas
Tenho uma enorme simpatia e ternura por Carmen Posadas, autora uruguaia que publiquei na Temas e Debates no princípio da minha carreira como editora (já tinha sido assistente editorial noutra casa, mas foi em 1998 que pude passar a escolher os títulos, e um dos primeiros romances estrangeiros que publiquei foi Pequenas Infâmias, desta autora, que ganhara pouco antes o Prémio Planeta). Lembro-me de termos inaugurado o auditório da FNAC do Chiado, que tinha aberto pouco antes, com o lançamento desse livro, que foi então apresentado por Francisco José Viegas, e de ter sido um prazer conhecer Carmen ao vivo, porque é uma pessoa muito querida, bonita e sem peneiras (apesar de ter todas as razões para as ter). Quando saí da editora, em 2005, perdi-a como autora (não foi a única, são ossos do ofício), mas fico contente que ela tenha vindo parar à LeYa, embora não pela minha mão, e vou de certeza ao lançamento de Hoje Caviar, Amanhã Sardinhas, livro que assina com o irmão, Gervasio Posadas, lançamento que vai ocorrer dia 30. Não li ainda o livro, mas não vou perdê-lo: filhos de um diplomata, os autores contam as aventuras e desventuras de passar a infância e a adolescência mudando permanentemente de morada (Madrid, Londres, Moscovo...) e elogiam uma mãe embaixatriz que, estando onde estivesse, era sempre capaz de resolver todo o tipo de situações, embora se metesse em sarilhos com frequência. Deixo-vos o convite para se quiserem aparecer.