Postalinhos
A minha mãe, quando os netos vão de viagem (e os meus sobrinhos empreendem muitas vezes viagens longas e para sítios distantes, ou para fazerem voluntariado, ou simplesmente para se divertirem), pede-lhes que lhe mandem um postal, postal esse que habitualmente chega a Portugal depois deles, já que os correios nessas paragens (e cá também!) são bastante maus. Já pouca gente envia cartas e postais (manda dizer por SMS que chegou bem, ou telefona, e está o assunto arrumado). Mas é pena, porque um postal é uma coisa mais personalizada e há histórias de postais deliciosas. A nossa Alice Vieira, que recebe quase uma centena de cartas e postais no dia dos seus anos dos seus leitores de várias épocas, pedia aos filhos, quando eles eram pequenos e iam a qualquer lado sem ela, que lhe mandassem um postal, tal como a minha mãe. E, no Facebook, conta que traz sempre com ela um postal que lhe mandou o filho quando foi a um torneio de xadrez em Coimbra, tinha oito ou nove anos. Uma maravilha, não é?