Presentes
O The Guardian manda sempre um email por esta altura do ano a lembrar que tem presentes de Natal absolutamente fascinantes, sobretudo para oferecer a quem já tem tudo. Entre eles estão, evidentemente, os cursos e palestras organizados pelo próprio jornal com temáticas e orientadores de todas as áreas e quadrantes. Cá, não há infelizmente muita coisa desse tipo que se possa oferecer: nem as conferências que ocorrem ao longo do ano têm bilhetes que se comprem com tal antecedência (e costumam ser divulgadas quase em cima da hora), nem os nossos meios de comunicação promovem (ou promovem pouco) palestras e cursos. Eu própria já recebi com gosto bilhetes para espectáculos nos anos e no Natal (e também os ofereço), mas é o mais parecido que há com estas ideias que o The Guardian propõe. E livros, alguém ainda os quer? Mesmo os editores vieram entusiasmados da mais recente Feira do Livro de Frankfurt com os audiolivros... Penso que são bons enquanto se passa a ferro ou se fica preso no trânsito, e conheci até um belga que tirou um curso de espanhol com audiolivros que punha no leitor do carro. Mas ouvir um livro não é a mesma coisa do que ler um livro. Eu pedi alguns livrinhos de presente, mesmo correndo o risco de a minha casa um dia destes vir abaixo. Até quando haverá livros é que já não sei.