Presentes bonitos
Na voragem das festas, nem sequer temos tempo de respirar fundo. E, bem vistas as coisas, agradeci um presente especial com um cartão banal e aproveito ter um blogue público para corrigir a situação. Fiz, como já aqui devo ter contado, a letra de um fado para a Livraria Lello no ano passado (cantado por Patrícia Costa) e umas quantas sessões dedicadas a autores de livros que publico, mais recentemente relacionadas com os 50 anos de vida literária de Mário Cláudio. Mas não sou visita assídua nem tenho lá amigos propriamente chegados. Foi, por isso, muito bonito que me tivessem enviado da Lello um livrinho de poesia espanhola tão bem escolhido (Caídas, de Teresa Soto) e a ele tivessem acrescentado um cartãozinho que dizia (resumo) que aquele pequeno exemplar fora resgatado de uma livraria em fim de vida na cidade de Palma de Maiorca (a Librería-Peluquería Los Oficios Terrestres); e que, como cada livro merecia um lar, não tinha conseguido virar costas e era agora para o meu que o mandavam de boa vontade. Com as pressas, fiz o que faço sempre que recebo livros de presente (e o que faz o nosso Presidente, que também nunca se esquece de agradecer um livro que lhe enviemos), mas claramente não bastava: contar esta história delicada é o mínimo que posso agora fazer.