Rapazinho com cem anos
Já ouviu falar de Lawrence Ferlinghetti? Se não costuma ler poesia, é natural que não, embora seja um dos nomes mais importantes da Beat Generation em matéria de poetas (com Allen Ginsberg, autor do famoso Uivo, e Gregory Corso). Mesmo assim, é difícil que não venha a ouvir falar dele nos tempos mais próximos em Portugal. É que o senhor Ferlinghetti (faço a devida vénia quando escrevo «senhor»), quase a completar cem anos, sabe-se lá como ainda conseguiu sacar um livro da cartola. Surpresa das surpresas, desta vez trata-se de um romance! Ao que parece, é semi-autobiográfico e preenchido por memórias do escritor. Chama-se (que título tão bonito) Rapazinho, e o agente de Ferlinghetti (que também já tem a linda idade de 98 anos) já o vendeu em não sei quantos países. Por cá, sai na Quetzal, que, ao anunciá-lo, refere: «É uma fonte de conhecimento literário com alusões ao mundo e à vida literária do autor, à sua geração, e um convite ao maravilhamento. Um romance leve, luminoso e destinado a recordar o mundo como ele devia ser.» Vamos ter de conferir.
Em tempo, a pedido da Maria, ponho a capinha.