Uma dúzia
A revista Estante, da FNAC, pediu recentemente a um grupo de cinco pessoas que elegesse as obras maiores da narrativa portuguesa dos últimos cem anos. Estes cinco elementos do júri eram as jornalistas Clara Ferreira Alves e Isabel Lucas, o professor da Universidade de Coimbra Carlos Reis, o editor (e, por acaso, meu marido) Manuel Alberto Valente e o crítico Pedro Mexia (não fiquem já de cabelos em pé as feministas, que as mulheres até estavam bastante bem representadas para o que é costume). Lamento dizer que não li o primeiro – A Casa Grande de Romarigães, de Aquilino Ribeiro (mas ainda vou a tempo) – e, em relação aos outros onze escolhidos, não posso senão assinar por baixo e recomendá-los aos leitores aqui do blogue, mesmo que um ou outro não me encha as medidas (mas o problema deve ser meu). Então, aqui vai a lista: O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares; Para Sempre, de Vergílio Ferreira; Sinais de Fogo, de Jorge de Sena; Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio; Húmus, de Raul Brandão; Finisterra, de Carlos de Oliveira; A Sibila, de Agustina Bessa Luís; Os Passos em Volta, de Herberto Helder; Os Cus de Judas, de António Lobo Antunes; O Delfim, de José Cardoso Pires; O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Uma dúzia de livros para ler e reler.