Uma vida escrita
Tenho falado de bastantes autores que cumprem este ano o seu centenário; e, claro, não poderia falhar o queridíssimo Eduardo Lourenço, um dos mais importantes pensadores de e sobre Portugal e, além disso, aquele senhor absolutamente delicioso e cheio de graça que tanta falta nos faz. A Fundação Calouste Gulbenkian marca a efeméride com um colóquio que lhe é dedicado no próximo dia 28, no qual haverá conversas, música, exposição de fotografias e o lançamento do último volume das suas Obras Completas, que inclui inéditos; o colóquio «parte desta ideia de vida escrita, que é uma ideia que Eduardo Lourenço desenvolve a propósito de Montaigne, que foi uma grande referência da sua obra, que é uma designação perfeita do núcleo da obra de Eduardo Lourenço», fiz o organizador. Entre os participantes, encontraremos António Feijó, Rita Patrício, Richard Zenith, Carlos Mendes de Sousa, Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós, João Dionísio, Margarida Calafate Ribeiro, Clara Caldeira, João Tiago Lima, José Carlos de Vasconcelos, Isabel Lucas e Pedro Sepúlveda, além de Guilherme d’Oliveira Martins, da administração da Gulbenkian, sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras, onde passou a ocupar a cadeira de Eduardo Lourenço. A não perder.