Viajar no sofá
Ontem estive a falar no âmbito do festival LeV. As letras são de Literatura em Viagem, que, como bem disse um dos nossos Extraordinários aqui no blog na última sexta-feira, é uma expressão que também serve de metáfora para os livros que viajam até nós, e não necessariamente uma frase que aponte exclusivamente para literatura de viagens. Embora tenha lido vários livros de viagem de que gostei muito (de Moravia, Bruce Chatwin, Anne-Marie Schwarzenbach, alguns da colecção da Tinta-da-China com capas bonitas coloridas e direcção de Carlos Vaz Marques), o que nesta matéria me encheu as medidas foi o Guia de Portugal, de Raul Proença (são vários volumes, embora não os tenha lido a todos), e um livro maravilhoso das britânicas Ann Bridge e Susan Lowndes Marques (a mãe de Ana Vicente e Paulo Lowndes Marques, ambos infelizmente já desaparecidos) que publiquei em tempos e diz bem o que era o nosso país nos anos 1940. Chama-se Duas Inglesas em Portugal e está esgotado, mas talvez o encontrem em alfarrabistas ou no original inglês. Como já recomendei dois livros, junto mais alguns que a revista Evasões diz que são ideais para viajar sem sair de casa. Pode ser que gostem:
As Ilhas Desconhecidas, de Raul Brandão; Viagem a Portugal, de José Saramago; A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne; Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto; Danúbio, de Claudio Magris; Pela estrada fora, de Jack Kerouac; A Maravilhosa Viagem de Niels Holgersson através da Suécia, de Selma Lagerlof.